Proposta é difundir práticas de construções e reformas que gerem economia e durabilidade dentro dos novos conceitos de habitação
TINNA OLIVEIRA
Para quem está pensando em construir ou reformar, o Ministério do Meio Ambiente
(MMA) disponibiliza uma cartilha que traz orientações sobre como fazer moradias
sustentáveis que gerem economia e durabilidade. O objetivo é difundir práticas
de obras sustentáveis aos consumidores, permitindo a otimização dos recursos
financeiros e naturais investidos.
A publicação “Construções e Reformas Particulares Sustentáveis” faz parte da
série Cadernos de Consumo Sustentável, do MMA. A BASF, empresa de químicos para
construção, colaborou na elaboração deste volume. Essa parceria permitirá a
distribuição de 100 mil exemplares em todo o país.
De forma bem didática, a publicação traz um mapa que mostra, em cada cômodo da
casa, quais são as opções para execução de uma obra dentro dos conceitos de
sustentabilidade. Além disso, o caderno aponta quais são as melhores
disposições dos ambientes em uma residência para garantir o grau adequado de
insolação e ventilação natural de cada lugar.
A publicação aponta o desafio que a sociedade moderna enfrenta: introduzir na
área urbana um novo conceito de habitação e construção, que ofereça mais
qualidade de vida aos habitantes das grandes cidades com menor impacto ao meio
ambiente. Uma das alternativas para alcançar esse objetivo é praticar o consumo
sustentável, usando com mais eficiência os recursos e os materiais necessários
para a construção ou reforma e diminuindo, assim, o desperdício.
Também é importante desenvolver projetos que utilizem a iluminação e a
ventilação naturais e outras vantagens que o meio ambiente provê. A
sustentabilidade está diretamente ligada aos “3 Rs”: reduzir, reutilizar e
reciclar. Essas ações podem estar presentes em uma obra sustentável.
MELHOR OPÇÃO
De acordo com dados da cartilha, uma casa ou prédio sustentável gera uma
economia de aproximadamente 30% em sua manutenção, gasta menos água e energia
elétrica e tem uma vida útil e acessibilidade muito maiores. O uso de material
reciclado em lugar de produtos novos também poderá trazer economia.
Outro aspecto positivo é que, atualmente, as moradias sustentáveis estão em
alta no mercado imobiliário. Esses imóveis são, em média, de 10% a 30% mais
valorizados. Reformas que tornem imóveis antigos mais eficientes também se
beneficiam dessa valorização extra.
DICAS SUSTENTÁVEIS
As dicas da publicação para tornar a obra sustentável vão desde o projeto até o
descarte dos resíduos sólidos. Durante a elaboração do projeto, por exemplo, se
possível preserve as espécies nativas existentes no terreno, pois elas garantem
a estabilidade do solo e refrescam o ambiente. Outra dica é optar pela
iluminação natural. Além de proporcionar economia de energia, é muito mais
agradável do que a iluminação artificial. A cartilha sugere, ainda, utilizar
coberturas verdes, dependendo do clima da região em que a casa está localizada.
Esse tipo de cobertura proporciona melhoria do conforto térmico e ajuda na
retenção de águas pluviais.
Quando for escolher os materiais de construção, a indicação é evitar o uso de
materiais prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente. A pintura da casa, por
exemplo, pode ser feita com tintas à base de água, pois elas proporcionam
isolamento, proteção contra corrosão, resistência à ação da maresia e evitam
bactérias, fungos e algas em regiões úmidas. Ao usar madeira, a dica é priorizar
o uso da certificada, que garante que o produto foi extraído de forma correta e
é proveniente de florestas com manejo adequado.
Segundo o caderno, nas áreas externas, a proposta é valorizar os elementos
naturais no tratamento paisagístico e o uso de espécies nativas. Também é
indicado utilizar reciclados da construção e pavimentação permeável. Prefira o
piso externo intertravado, feito de material prensado e que possui vida útil
longa e baixo custo de manutenção.
COMO ECONOMIZAR
Para economizar energia, a sugestão é a utilização de iluminação de longa vida
e baixo custo. Outra solução que ajuda a economizar energia elétrica é a
instalação de um “dimmer”, dispositivo que regula a intensidade luminosa, e de
sensores de presença nos ambientes. Na hora de equipar a residência, é
importante ficar atento ao comprar os eletrodomésticos. A dica é verificar a
etiqueta PROCEL (Selo Procel Eletrobras de Economia de Energia), que indica o
consumo energético dos aparelhos, e optar por aqueles mais eficientes.
Já para economizar água, reaproveite a água da chuva. Construa cisternas para
armazenagem e utilize a água para regar jardins, lavagem de pátios, etc.
Utilize também dispositivos economizadores de água: torneiras, bacias
sanitárias e chuveiros com tecnologias que proporcionam a diminuição do consumo
de água.
LIXO NO LUGAR CERTO
A publicação também orienta sobre o descarte correto dos resíduos sólidos, que
neste caso, são compostos em sua maioria por sobras das obras. Durante a
reforma ou construção, já separe espaços, na residência, para separação
adequada de resíduos. Ao contratar a caçamba para entulhos, procure saber se a
empresa descarta os resíduos corretamente.
Certifique-se que a obra esteja de acordo com a Política Nacional de Resíduos
Sólidos, do MMA, que prevê a destinação correta do lixo, incentivando a
reciclagem e a sustentabilidade. A publicação reforça que a estimativa é que
mais de 50% dos resíduos sólidos gerados pelo conjunto de atividades da
sociedade sejam provenientes da construção.
fonte: http://www.mma.gov.br
TINNA OLIVEIRA
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