A versão popular da teoria do caos diz que o bater das asas de uma borboleta pode até resultar em um tufão do outro lado do mundo.
Tão singela e bela a borboleta. Um ovo, uma larva, uma pupa e enfim a borboleta.
Como poderíamos descrever o efeito ser humano??? Quantos pensamentos passam pela cabeça nessa interrogação? Primeiro um feto, um bebê e enfim um ser humano. Com um significado tão diferente comparado ao da transformação da larva em borboleta. Nossa transformação ocorre dentro de outro corpo, velada e totalmente dependente. O significado disto pra mim é que precisamos muito ser acolhidos. Desde a concepção até a morte. Impossível sobreviver só.
Porém o efeito ser humano é impactante, numa proporção absurdamente diferente do bater de asas da borboleta e o seu tufão. Estamos acolhidos num planeta perfeito e o destruímos. Isto me faz crer que algo está errado.
Estes dias, deparei-me com o seguinte pensamento: todos os animais estão perfeitamente adaptados ao meio ambiente, exceto o homem que o muda constantemente. Por quê?
Porque não conseguimos nos adaptar? Porque forçamos que o meio se adapte a nós? Construindo e destruindo e construindo e destruindo...
Ah que grande a missão é esta dos homens deste milênio. Temos que nos adaptar ao planeta, parar de destruí-lo.
Como arquiteta eu posso contribuir projetando e construindo com responsabilidade. Os casulos em que passamos a maior parte do tempo podem e devem estar em harmonia com o meio ambiente.
Como ser humano posso mudar as minhas ações no dia-a-dia, pequenas e significativas mudanças. Eu imagino o efeito borboleta nestas ações, em alguns anos mudando a maneira de habitar este mundo.
Quem sabe ainda temos tempo. Se a atitude mudar podemos continuar vivendo neste planeta. Nós, seres humanos e as borboletas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário